A demência frontotemporal, que se refere a um grupo de demências, resulta de doenças espontâneas e hereditárias (que ocorrem por razões desconhecidas) que fazem com que o lobo frontal e, por vezes, o lobo temporal do cérebro se degenerem.
É uma das principais causas de demência em pessoas com menos de 65 anos de idade, junto com a doença de Alzheimer. Não é uma doença muito comum, mas quando ocorre, causa mudanças significativas na vida dos pacientes e seus familiares.
Os sintomas se iniciam de forma lenta e progressiva, e seus sintomas fazem com que, incialmente, os pacientes sejam diagnosticados como sendo portadores de doenças psiquiátricas como depressão, transtorno bipolar, ou ainda esquizofrenia. Geralmente os sintomas progridem lentamente e os familiares podem demorar a notar que a pessoa está se comportando de maneira diferente.
Os sintomas mais comuns são:
- Perder o interesse em realizar atividades de vida diária, como trabalho, hobbies ou ir a eventos sociais;
- Não se comportar de forma adequada em público (sendo rudes, se despir em público, não seguindo regras de etiqueta na mesa);
- Irritação caso não consigam seguir uma rotina;
- Fazer compras em excesso, roubar coisas de lojas e dirigir com imprudência;
- Parar de se preocupar com amigos ou familiares, tornando-se uma pessoa fria;
- Transtorno Obsessivo Compulsivo (como checar a todo instante se as portas estão trancadas, querer colocar objetos sempre em determinada ordem) ou acumulação compulsiva (começar a colecionar objetos em excesso, ou mesmo começar a levar lixo que achar na rua para casa);
- Comer de tudo que vê pela frente, tendo preferência por doces;
- Demonstrar interesse maior por alguma religião.
Além dessas mudanças no comportamento, pode haver outros sintomas como dificuldade de raciocínio, dificuldade de planejamento e organização das atividades de vida diária, ou ainda tomar decisões impulsivas e inadequadas. Com a progressão da doença, alguns pacientes podem começar a ter tremores e dificuldade para andar, sintomas semelhantes aos de Esclerose Múltipla.
O mais importante que devemos frisar é que esses sintomas devem refletir uma mudança em relação a como a pessoa era antes. Como podem notar, algum dos sintomas relatados acima podem também aparecer em pessoas sem doença (como por exemplo pessoas que mudam de religião durante a vida ou que começam a gostar mais de doces) ou com outras doenças psiquiátricas ou neurológicas, e por isso uma avaliação médica é essencial.
Lembre-se que em caso de qualquer sintoma anormal no idoso recomenda-se a avaliação com médico geriatra, para diagnosticar a causa e indicar o melhor tratamento.
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